terça-feira, 28 de setembro de 2010

Deixa-me ser apenas.

Eu sei porque eu estive aqui hoje, não estou tão cansada quanto nos outros dias em que me pareço sentir fraca e que de nada me valem as forças para lutar por algo que não é meu. Hoje eu me sinto a poetisa Eleita, como diria Florbela, não pelo que me fazem ser, ou pelo que enquadram em mim mesma. Eu sinto que hoje a minha beleza não está em ser por simplesmente ser, eu sinto anseios inconstantes de fazer a diferença. Sim, eu posso ser complexa, enjoada, repetitiva, posso ser trabalhada através de mim mesma. Estou nesse mundo com a única tarefa de ser feliz e amável. Hora, porque buscar complicar as coisas, se a minha sensibilidade me diz "pare agora", porque seguiria em frente? Para que dar prioridade a coisas frias, se o meu coração não se mantém através de linhas e cicatrizes? Ou para que repetir algo inúmeras vezes para alguém que se quer ousa ver, e nem te quer mais ouvir? Deixa-me ser e apenas, não lhe devo explicações. Sou como um passáro, e a minha liberdade não tem nome!